Os alunos foram brilhantes: - impagável a conversa entre os coveiros (pra quem saiu do curso e foi direto, quase que eu pedi um pedaço do pão!)-lindíssimo o cenário e a poesia das "mulheres das janelas" - muito emocionante o diálogo entre o Severino e o Mestre Carpina, de fato algo para refletirmos quão importante a vida é - caprichado e de muito bom gosto todos os presentes confeccionados para celebrar o nascimento do filho do Mestre (deu uma vontade de levantar e contribuir com algo também), foi um momento muito festivo e o desejo era justamente de se juntar a festa! - assustadoramente bela e intrigante a aparição das ciganas egípcias.
Os figurinos eram de uma delicadeza tão sutil que sem dúvida foram um destaque a parte!
Porém creio que há uma relação muito direta entre a apresentação de hoje do grupo de teatro do EG e o dia a dia de muitos professores. A peça nos mostra a realidade de um povo cuja vida não é fácil e do pouco que a terra seca tem a oferecer, eles aprenderam a fazer muito e isso permite a sobrevivência deles num lugar, que como diria o poeta, até Deus duvida. Num mundo acostumado a se divertir em 3D, o grupo nos trás a ousadia de uma produção com detalhes simples, mas são detalhes (como o figurino, o cenário) tão bem trabalhados que simplesmente fazem toda diferença e confere a peça um ar de espetáculo. O grupo trabalha durante todo ano e além das contribuições que recebem, eles utilizam recursos próprios para realizarem algumas etapas da montagem. Com vários professores não é diferente. Com o descaso que a nossa educação é tratada, muitos "mestres" precisam ir buscar onda não há e tirar da onde não se tem para poder realizar o seu trabalho. Na verdade, eles, os professores e os alunos do teatro fazem aquilo que a já aprendemos: a vida imitando a arte e a arte imitando a vida! Novamente somos premiados com mais um exemplo genuíno de que quando talento e boa vontade se unem, tudo é possível! PARABÉNS e muito obrigada por mais esse presente.
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